Coluna do Luan

sábado, 26 de novembro de 2011

Como é que se chama o amor?


Acho que nunca me esquecerei da noite em que achava ter perdido dois terços do meu Trabalho de Conclusão de Curso. Lembro-me que você estava fielmente acompanhando minha jornada de horas, me fitando, sendo cúmplice de minhas dores e minhas conquistas. Pois, na noite em questão, você até chorou comigo. E, por dentro, eu também derrubei lágrimas. Imaginava ter desvairado um conteúdo teórico produzido com a mais dedicada atenção científica que um graduando devia ter. Mas, por um segundo, parecia que era você quem tinha perdido seu TCC. Tempo depois, ao encontrar o arquivo com tudo em seu estratégico lugar, você suspirou e se tranquilizou. Esta cena, como tantas outras, de tantas noites, dias, tardes e madrugadas, reforçou – com tijolos concretos de sentimentos – o quanto eu me fazia importante para sua vida. Embora, quiçá, eu não tivesse dado pistas, esta cena marcou a minha alma.

Ao me deitar para tirar algumas poucas horas de sono, fiquei pensando no que ocorrera. Naqueles curtos segundos – e quem sabe minutos – você se sentiu exatamente como eu me senti: Em doses de desespero. Eu vi no seu olhar. Eu vi na sua alma. Não tem explicação. Aliás, nos últimos seis meses eu tenho tentado buscar algumas respostas para o que estamos vivendo e, advinha só: não as encontrei. Isso acontece porque, a verdadeira resposta, a verdadeira clareza, mora em nossas atitudes e pensamentos. Mora em nosso universo de energias e conexões positivas que construímos regadas às nossas histórias; é, pois, a nossa bagagem existencial gerando resultados, assumindo forma, contemplando nomes.

Ao me fixar em lembranças, dentre as mais recentes, não poderei, sob hipótese alguma, esquecer da noite em que seu rosto apadrinhou lágrimas de nostalgia. Com um estímulo multisensorial de Coldplay, eu a vi emocionada, saudosa, dona de uma sinceridade que, em vida, não me lembro de ter conhecido. E, diga meu Sol, como podem essas coisas assim ocorrerem? Como podemos nos manter fiel um ao outro por tantos dias, meses, estando distantes geograficamente? Bom, posso dizer no quê eu acredito? Que tudo isso não passa de um universo paralelo. E, tudo isso, terá fim quando praticarmos o nosso novo começo. Esta nova fase, que me marca de ansiedade, está prevista para janeiro. E em meio a toda essa poesia que escrevemos, eu só posso chegar a uma conclusão: o amor leva o seu nome.

O que tem feito por mim durante o período em que nos conhecemos, renova as minhas certezas sobre as nossas felicidades. O seu brilho continuará me iluminando enquanto o seu coração bater. E, enquanto eu senti-lo daqui, não há motivo para não seguir em frente esbanjando sorrisos e saudades recíprocas. Finalizo este texto sendo contemplado pela a rosa que você me deu, ao lado da “espadinha”, que só você sabe do que se trata. São os presentes mais valiosos do mundo – ao lado de todos que me enviou, porque carregam seus sentimentos e seus sentidos por mim. Sinto sua admiração, sua paixão e sua tara. Rebato os mesmos sabores com toques especiais procedentes da minha consciência.

Se o amor não levasse seu nome, não haveria razão para chamá-lo de amor.

Seu nome tatua minha pele com a marca da sua intensidade.

Todos os dias possuo um novo traço de você.

Feliz.

3 comentários:

Pérola disse...

Nossa, que texto lindo, PERFEITO! Amei mesmo! Transparece muito sentimento aí!
beijão

Kerolene Guerra disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Kerolene Guerra disse...

Lindo, singelo e verdadeiro! Como é bom ler este texto já li e reli por diversas vezes... Minha demora pra postar este cometário foi a busca das palavras certas, mas cheguei a conclusão de que palavras são pouco pra expressar o recíprocidade à todos esses sentimentos aqui descritos, esses momentos singulares que só nós sabemos quão importantes são.

Como se ama? Quando almas se encontram, quando olhos se observam, quando mãos se entrelaçam, quando as noites se tornam longas, quando a saudade nos faz chorar ou sorrir a sós...Talvez quando se olha pela janela e a cada noite, cada estrela seja um gesto teu pela manhã, os raios de sol, o calor da tua lembrança e pela tarde a certeza de te ter...

Já dizia o sábio do mundo os olhos são a porta da alma! E vejo nossas almas interligadas, em uma frequência que só a gente sabe, há uma conexão inesplicável...

Quero-te e quero-te tanto pelos teus olhos sonhadores, o teu sorriso infinito! Quero estar contigo em todos esses momentos da sua vida... E parafraseando Engenheiros...Eu gravarei no metal da minha pele o teu desenho, feitos um pro outro e feitos pra durar!