Coluna do Luan

domingo, 3 de agosto de 2008

Sessenta e oito dias de amor

Eu contei. Às dezenove horas e vinte e dois minutos desse domingo completaremos (completamos) sessenta e oito dias juntos. São sessenta e oito dias de amor, paixão, respeito, admiração, confiança... Por mais que o número a seguir soe subjetivo, afinal, na segunda-feira (amanhã) completaremos sessenta e nove. O famoso ‘meia nove’ pode ser erotizado por muitos, mas amado por poucos. Pois bem. O caso é que durante esses sessenta e oito dias eu respirei ares diferentes. Caminhei com algodões sob meus calçados. Senti tua pele, teu corpo, os batimentos do teu coração. Sei de cor os intervalos que teus pulmões exercem no decorrer da tua aspiração. E agora não falo dos sonhos e objetivos nossos. Que um dia foram meus, que um dia foram teus. Refiro-me à tua matéria-prima, a carne que encobre a tua (nossa) alma. Aqui dentro, meu amor, guardo lembranças que me emocionam. Nossas conversas e encontros à beira do lago, teu sorriso, teu olhar, tuas expressões... Há uma muito característica: É quanto tu ficas sem palavras, geralmente por algum ato ‘enobrecido’ por mim. Guardo com riqueza de detalhes as curvas que teu rosto realizou quando avistou as rosas em minhas mãos. Guardo com riqueza de detalhes o olhar com o qual tu me miraste quando entreguei-te aquele objeto que só daria a uma mulher digna de recebe-lo. Tu te emocionaste, tocasse meu braço, e então tua mão escorregou até meu pulso... Naquele momento eu queria sentir era teus lábios. Covardei-me. Adiei para outras horas noturnas a iniciativa do nosso primeiro beijo. Tudo estava perfeito. Um céu, um lago, uma boa música aos ouvidos e uma mulher maravilhosa a minha frente. Conhecer tua essência, meu amor, foi o presente mais pueril que eu pude ganhar na vida. Durante noites eu me perguntava: De onde eu a conheço? Eu digo até hoje: Nós nos reencontramos. Tu sabes, minha diva, o quão feliz me sinto ao acordar pela manhã e saber que em breve verei a pessoa mais bela que pode me completar. Contigo, me sinto seguro, leve, realizado. Hoje, escrevo-te ao sabor da saudade. Não sinto teu calor há quatro dias. Isso faz com que minha matéria idealizada de humana, grite por dentro, chore, e deseje ainda mais o seu complemento: Tu. Passar sessenta e oito dias ao teu lado me ratificou uma certeza da nossa ‘diferença’ perante aos demais. Te pedi em casamento, a tenho como mulher da minha vida, é justo sentir a falta da eterna amada. É justo chorar por ela deitado na cama, em um quarto escuro para renovar o momento. Olho fotos nossas, releio depoimentos, cartas, textos, tudo é tão lindo e profundo. Te desejo cada vez mais, me apaixono a cada mudança de turno. O teu fogo me ascende, mesmo longe, as chamas da fogueira se tornam veementes, justamente pela maneira com a qual ascendemos, há exatos sessenta e oito dias. Obrigado por me tornar único em tua vida...

Eu te amo com todas as forças de nossos universos questionáveis,

Teu eterno Poeta.