Coluna do Luan

quinta-feira, 25 de junho de 2009

As vitaminas


As vitaminas da minha vida saltaram corpo a fora। Corri atrás de algumas delas e só encontrei fantasia e ilusão. Os olhos brilhantes, as mãos pálidas e as pernas trêmulas evidenciaram meu estado de espírito: Eu estava a procura de alguma solidão casamenteira. Ou de algum objeto que eu não enxergasse. Tomei coragem e parei de respirar aquelas dádivas de minhas loucuras. Sentei-me para tomar certos goles de café gelado, e tinha de ser bem gelado... Sem cor, sem ritmo, sem afeição. Vestia uma calça azulada, com desprezo rasgão no local que cede espaço ao meu membro inferior direito. Pensei que aquele furo poderia servir de entrada à felicidade que tanto fugia de minha alma. Chegara a hora de dormir, continuei com a vestimenta rasgada na esperança de acordar no paraíso... Paraíso... Sem religião, sem reformulações exatas... Mal sabia onde me encontrava e agora necessitava de um paraíso. Era muita informação para uma só mente. Eram muitos sentimentos que uma só matéria poderia abrigar. Deveríamos nascer programados... Mas, não. Nascemos com o poder de escolher a dor e os momentâneos sorrisos que desperdiçamos com os prazeres injustificáveis da existência. Agora deitado em meu leito, eu observava e saboreava uma das minhas vitaminas... Ela se aproximava lentamente, carregava astúcia, inteligência emotiva e traços delineadamente femininos. Era ela... Uma mulher. Minha vitamina sem ardor e sem ódio. Julgava ser importante pelo meu pretérito... Pois havia me desprendido do mundo e das gotas insaciáveis de vitórias urbanas. Muitos prédios me cercavam... Muitas luzes me enalteciam... Eu precisava chorar sem ter motivos para derramar lágrimas. Então vem aquela vitamina humana, me tira do leito e tasca-me um beijo. Eu estava cego e envolto de apetite sexual. Aquém disso... Eu suava a derrota dos meus limites.
Eu estava me apaixonando novamente por ela, a vitamina do meu amor.