Coluna do Luan

sábado, 28 de agosto de 2010

A revolução dos medos

O sábado começa cinza e transpassa o reflexo da vida que alimentamos. Mais uma vez me encontro só neste quarto, com notebook em mãos, alguns livros na estante, a cama desarrumada, as fotos do mural que me fitam atordoadas por mudanças;

Mais uma vez eu fujo do caos, penso estar no bem quando sugiro o mal nas entrelinhas do meu polegar opositor. A nossa essência nos permite à heterogeneidade. Nossa essência ama o ódio e odeia o amor. A linha tênue entre sentimentos e sensações, na verdade, não existe. É uma só. Todos em um. Um em todos. Fazemos parte das comeias gigantes e industrializadas. Fazemos parte do caos... eu fujo para o lado errado. Eu fujo para todos os lados certos da sociedade.

Mais uma vez eu penso.

Mais uma vez eu reflito.

Mais uma vez eu canto.

Mais uma vez eu sorrio.

Mais uma vez eu escrevo.

Mais uma vez eu choro.

Mais uma vez eu sei.

Mais uma vez eu não sei.

Mais uma vez...

É o recomeço da bagunça da humanidade.

Das relações, dos relacionamentos.

É a exposição dos princípios.

A verdade é que, no fundo, somos todos solitários da era da tecnologia. Estamos todos irradiados na escuridão do medo, do fugaz, do mordaz, da nostalgia. Somos animais que jogam sonhos pela janela na busca pela revolução da vida.

O sábado recomeça para mim. Eu sigo no mesmo caminho, na mesma estrada de meses atrás. Eu creio na força das transições, das translações. Eu creio na energia que este mundo há de comer e morrer.

Ninguém ama. Ninguém.

Somos cobaias do nosso próprio entretenimento.

Somos macacos que vestem uniformes e ternos.

Evoluímos.

Ah, sim... evoluímos.

É a revolução dos medos.

Eu sigo só, novamente.

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