Coluna do Luan

sábado, 22 de maio de 2010

Sou...

As árvores não estavam corretas no balançar dos galhos. Olho pra cima e noto um arco-celeste refletindo meus sentimentos renovados. Parecia, e juro que por um segundo parecia uma metáfora atual de minha existência. Sorri. Chorei. Sentei rente à raiz do tronco e passei a ouvir outro ser vivo, de pele semelhante a minha, com feridas tão similares das quais eu lidava diariamente. Fechei as pálpebras com o intuito de descobrir a volição, a fúria da natureza. Meus cabelos não tinham controle sobre a situação. Minha mente tomava voo livre. Livre. Livre. Livre... era liberdade. Era vida. Agora o balançar dos galhos retribuíam sentindo a mim. As folhas secas tornaram-se úmidas. A chuva acometia meus poros como nenhuma outra alma amante acometeu. Eu estava respirando transformações: eu era a terra, era o ar, era a água, era o fogo; eu era... a soma dos catetos igual ao quadrado da hipotenusa. Nada vertiginoso, mas, no mínimo, aceitável.

Um comentário:

Atriz disse...

linda descrição do EU!

andas inspiradíssimo, hein, Luan?
beijo! Gisele