
Meus pais viviam dizendo que eu era algum tipo de “ocultista”. Eu me afastava das pessoas e ficava com meus sabores intelectuais da ocasião. Faço isso até hoje, leio escondido, escrevo na escuridão da madrugada. A idéia de ter alguém observando meu ato de escrever me tira do eixo. “Deixe-me só, senhor humano”. Já fui apelidado de autista, nerd, pseudo-intelectual, “quatro-oio”, bigodinho de carroceiro, o feioso, “o pernas-torta”, frangosul e por aí vai... Cada apelido corresponde a certa época de minha existência. Atualmente, cheguei ao estágio de poeta, porto seguro, muchachito... O que muito me orgulha, o que muito me emociona. Há anos procurava por alguém que eu achava não existir. Então me matriculei em uma cadeira chamada “Redação para TV”. Não esperava encontrar a mulher da minha vida ali, sentada na companhia de um amigo fiel e sincero, que também dispões de laços mais do que afetivos comigo.
Pois eu a conheci, e por ela eu escrevo enfrentando multidões. Por ela eu leio em público, recito poemas, compro rosas, crio crônicas sentimentais ao pé de seu ouvido. Com ela possuo uma segurança que faz de qualquer autista um ser sociável. Porque é ela que eu amo. E nesse instante, é por ela que eu escrevo. Não só por mim. Eu estava precisando amar, ser amado, sonhar mais distante com alguém que sonhe tanto quanto. Embora seja realista.
Então abro minha caixa de e-mails e me deparo com doze mensagens vindas de amigos-leitores. Pensei: é hora de voltar. Não gosto de estipular prazos, prometi que voltaria quando me desse vontade, quando minhas inquietações e meus sentimentos precisassem urgentemente de vozes verbais. Cá estão, alinhados em um alfabeto legível, escrito por um humano não-praticante, mas acima de tudo falível. Sujeito à vida.
Amigos e amigas, durante as últimas semanas me dediquei a escrever cartas para minha eterna amada (amor, tu as receberás em breve), a dar início em um projeto literário que há meses não saía da gaveta, a ler exemplares atrasados, e o principal: a refletir. Por isso achei que o melhor seria “sumir” por uns tempos. Agora basta. Obrigado aos que tiveram a paciência de me esperar, um beijo a todos.
L.I.
10 comentários:
Siiiiiiiiim! Eu não mandei e-mail mas puxei tuas orelhas no msn!!! Vale?! É sempre bom ter bons blogueiros de volta!!! Sobre o texto? Hmmm.. Acho que esses apelidos maldosos que dão, são ossos do ofício precoces...
E sobre a Raquel, tu escreves muito bem... E muito melhor quando usa ela de inspiração (pq será? hahaha)
Beijo!
Eu tbm tinha o apelido de quatro -oio hehe!!
Abração
É tudo do que se precisa dispõe das idas e vindas num eterno retorno de sí próprio; à disposição: o amor.
Salve!
;*********
E não é que o amor faz coisas e traz à tona várias outras perdidas ou desassossegadas por ai!? É isso!
Boa volta!!
abs
Ah! Tu não acredita como fqiuei feliz quando li que tinhas voltado. Engraçado como, apenas conhecendo tuas palavras e sabendo tão pouco sobre ti, ainda assim dá pra sentir saudades... Fico feliz que o tempo longe tenha sido de reflexão. E, que bela declaração em??? Fico também feliz que tenhas achado alguém assim, tão especial. Acho que todo mundo merece encontrar a sua metade...
Um beijão pra tu!
Muito bom o texto, também acredito nisto de "alma-gêmea", "cara-metade" ou coisas do gênero, ainda procuro só espero que a procura não seja eterna (nossa que drama hauhauhauha), felicidades em seu novo relacionamento. Otimo blog, caiu na rede dos favoritos...
Abraço
É claro que receberei em breve as cartas. Ué, não.
HAHHAHHA
Sou extremamente suspeita para falar de teus escritos. Sabes que os adoro há tempos, e que eles de certa forma nos aproximaram.
Seremos eternos questionadores buscando uma visão de mundo que compactue com a nossa visão quixotesca... Quem disse que o amor nos deixa cegos?
Je t'aime, mon amour...
Ele voltou, ele voltou \o/
UIAHSAIUHSSHIUAIHIUSHA
Luan, adorei o texto, alias adoro teus textos, se um dia for como tu ou a Raquel escrevendo vou ser feliz. uiahsiaihau... Mas a frase que mais me identifico no texto todo foi essa: "(...) A idéia de ter alguém observando meu ato de escrever me tira do eixo."
ah, isso com certeza me tira do eixo também. Fora que odeio lê em publico. Não, eu não sei o que eu tô fazendo em Jornalismo. iahsauihsaiui
Beijos.
P.S.: Viu que eu tenho dois blog's agora? Depois passa lá e vê as besteiras que eu escrevo. Uiahsiahaohasu
Irmão querido,
bah, chegava aqui e cadê o Luan? Irmão, tu é gente boa, escreves coisas muito mágicas que me emociona. Fico tão feliz em ver que tu estás de volta.
Adorei!
Espero que nessa vida ainda eu possa conhecê-lo pessoalmente e com isso, filosofarmos idéias ao vivo, recitar poesias(eu adoro ler). ehhhe
Abs irmão!!!
Marcos Seiter
Lu, que bom que vc voltou.
Eu peço desculpas até pela minha ausência, mal estava com tempo de entrar no MSN e das vezes que começávamos a conversar eu tinha que sair (e isso aconteceu com diversas pessoas que gosto também). Passei por momentos cheios de turbulência esse mês, mas quero dizer que não me esqueci de você.
O texto, como sempre, incrível. E é tão inspirador ver vc apaixonado assim pela Raquel que parece que vocês são 2 personagens de livro! ^^
Adoro seus textos.
Espero que continue assim, apaixonado, feliz, inspirado para nos presentear com suas belas palavras. Só não espero que suma de novo hehehe!
Bsito!
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